Bandeiras Que Erguemos, Camisas Que Vestimos
Nota. Se indo e voltando de diários afazeres, seja na cidade, seja passando por avenidas, seja durante a noite, seja durante o dia... Lá estão elxs. As pessoas carregando imensas bandeiras com os rostos de homens engravatados, aspirantes à ´´política´´ e a um "confirma" nos dias eleitorais. Ah... Carregadorxs de bandeiras... No grande geral, miseráveis que precisam do dinheiro pelo qual ali estão a fazer uma propaganda na qual não necessariamente acreditam! Me ocorre se não é isso um tipo de suborno eleitoral, será? Em primeira colocação, se o Estado (o que inclui todos os partidos no poder) estivesse cumprindo correta e integralmente suas funções sociais, suponho, não haveria cidadãxs necessitando de vender a própria mobilização, a própria imagem... Sim, publicidade é crucial, porém que se entenda conflitante esse tipo de mobilização paga, comprada, e suspeitamente hipócrita...
Geralmente, não se vê munícipes das altas classes econômicas com bandeiras eleitorais apelativas nas ruas e a qualquer hora, não estou correta?! ... E não que quem isso critique o faça pelo fato de não precisar sujeitar-se a tal ´´prostituição´´; ou que necessariamente pertença a uma classe econômica que não careça de divisões em dezenas e dezenas de prestações para ter algo que for. Para a publicidade, existem as rádios, as emissoras televisivas, a internet... Uma publicidade política ética deveria ser fundamentada em ideais e planos de governo, não simplesmente baseada na simpatia que a face do candidato gera em quem a fita em determinada bandeira... Não?! Esse tipo de publicidade de aparências zomba dxs eleitorxs, e todxs a acham normal!
Vejam a mobilizações espontâneas e baseadas em uma justas causas... Belíssimas! Mobilização humana deveria ser um sinal de democracia. Uma bandeira deveria ser para simbolizar um nacionalismo (não me referindo a extremismo, mas em questão de valorização mesmo) ou regionalismo; não uma pessoa. A democracia deveria ser, e de fato é, algo importante e simbólico demais para ser vendida.